domingo, 12 de setembro de 2010

Haiti 8 x 2 Primeiro de Maio

O Primeiro de Maio, equipe do bairro viçosense Vale do Sol, não ofereceu muita resistência, é bem verdade. Mesmo assim, a goleada por 8 a 2 no amistoso serviu para observar a capacidade da Seleção de Futebol Feminino do Haiti de aproveitar espaços. O treinador Augusto Moura de Oliveira dispôs o time no 3-5-2. Ele explica que, com três zagueiras fortes e duas laterais ofensivas à disposição, essa seria a melhor maneira de atribuir segurança e alternativas de ataque ao conjunto, que começou desta forma:

Geralda Saintilus; Marie Valcine, Kencia Marseille, Frantzcia François; Carmela Aristilde, Betty Sanon, Wisline Dolce, Marie Nord, Fiorda Charles; Adeline Saintilmond, Sophia Batard

Jogando assim, o Haiti fez 3 a 0 na metade inicial, com gols de Batard (duas vezes) e Sanon, todos a partir de equívocos primários - com o perdão do trocadilho - do Primeiro de Maio. Apesar disso, é impossível não exaltar o trio defensivo haitiano. As zagueiras não foram muito exigidas, mas mostraram segurança quando as ações estiveram por ali e, acima de tudo, não comprometeram a saída de bola. A que mais chama a atenção é a esguia Frantzcia François, que joga à esquerda. Apesar do cruzamento falho, a lateral-esquerda Fiorda Charles se destacou no apoio. Mas a melhor em campo foi mesmo Sophia Batard, a jogadora mais explosiva e eficiente do ataque caribenho. Após deixar o jogo, Sophia ainda mostrou ter ótimo controle de bola. Nós registramos:

Sophia Batard (à direita) e Marie Yves Dina

No segundo tempo, a qualidade da partida piorou um pouco. Enquanto o cansaço pesava ainda mais para o Primeiro de Maio* (foram pelo menos cinco jogadoras lesionadas durante o cotejo), o Haiti errava mais passes, uma vez que Augusto promoveu várias substituições. Os gols viçosenses, um de pênalti e outro do meio-campo (um belo gol, por sinal), foram de Taiane. Mas a verdade é que a seleção caribenha sempre controlou as ações. Especialmente com chutes longos, o Haiti fechou a goleada com Roselord Borgella (duas vezes), Gina Prophete (duas vezes) e Kensie Bobo.

*Como bem lembrou a leitora Mariana Andrade, o cansaço do Primeiro de Maio se justifica, em parte, pelo fato de a equipe ter jogado duas vezes num intervalo de menos de 24 horas.

Evidentemente, o amistoso não serviu apenas para observações táticas ou referentes à evolução das haitianas. As imagens que registramos também contam muitas histórias, sobre o jogo, as jogadoras e o clima de integração. Veja só:

Augusto Moura de Oliveira orienta a lateral-direita Marie Yves Dina. Sim, o treinador já consegue se virar com a Língua Francesa

O intérprete Espera Edwigt passou o primeiro tempo ao lado das jogadoras reservas do Primeiro de Maio

Após a partida, os dois times se reuniram para uma espécie de "foto oficial" do encontro

Você pode acompanhar a repercussão do jogo (com as opiniões de quem assistiu e de quem jogou) amanhã, segunda-feira:

- Às 18h, no Universitária Notícias, da Rádio Universitária

- Às 19h30min, no Jornal Regional, da TV Viçosa.

2 comentários:

  1. O amistoso, como acima citado, "serviu para observar a capacidade da Seleção de Futebol Feminino do Haiti de aproveitar espaços". Uma informação que deve ser considerada, pela equipe de reportagem, é a participação do 1º de Maio em torneio municipal. Foi realizado uma partida no dia anterior ao amistoso (sábado, no período da tarde) em que a equipe viçosense goleou outra esquipe amadora por 9 x 1. E, como é de conhecimento daqueles que acompanham o futebol, o desgaste provocado por duas partidas em menos de 24h justifica,não somente, as contusões, mas também a diferença da condição física entre as atletas das duas equipes.

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  2. Sem dúvida, Mariana, seu comentário é muito pertinente. O treinador Mário Lúcio, do Primeiro de Maio, chegou a mencionar isso em rápida conversa após o jogo. Abraço.

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