No Haiti, Espera trabalha como sapateiro. Sua versatilidade, porém, ficou evidente já na América Central. O terremoto de janeiro deste ano não lhe traz apenas as imagens de destruição. Além de celebrar a sobrevivência da filha e de todos os outros familiares, ele recorda, com carinho, os rostos das quatro pessoas que salvou. Agora, o jovem pretende investir na vocação. Ele acompanhará também a equipe masculina, que chega à UFV ainda em setembro para um período de treinamentos nos mesmos moldes. Depois, com a concessão do presidente da Viva Rio, Rubem César Fernandes, Espera passará alguns meses no Rio Grande do Sul, onde vai realizar um curso no Corpo de Bombeiros. O motivo? Carência de profissionais da área no Haiti.
Nosso personagem é sagaz à última potência. Fã do futebol brasileiro, Espera se diz torcedor do Internacional, campeão da América e time da moda no Rio Grande do Sul, seu destino após a estada em Viçosa. Felizmente, essa esperteza do bem está a serviço de todos. Hoje, pela manhã, por exemplo, ele intermediou a entrevista concedida a mim pela lateral-direita Marie Yves Dina, uma das figuras mais bacanas da seleção haitiana. Além de prestativo, Espera é PhD em simpatia, alguém com quem você conversaria durante toda a tarde. Abaixo, uma reportagem sobre ele, veiculada pelo Universitária Notícias de quinta-feira, 2 de setembro. Traremos, em postagens futuras, outros produtos da cobertura.
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